Uma Manhã Gloriosa
escrito por Thiago Henrique
Becky (Rachel McAdams) é produtora de um importante programa matinal que mescla entretenimento e jornalismo. Muito aficionada por seu trabalho acaba sempre deixando de lado sua vida pessoal, mas apesar de todo seu empenho, ela é demitida e substituída por alguém com mais experiência.
Não demora muito para Becky conseguir outro emprego em um novo canal, produzindo o “Day Break”, um programa no mesmo formato do qual foi demitida, mas com certas restrições, pois apesar de antigo, já está desacreditado pelos telespectadores.
Para alavancar a audiência, Becky tem como sua primeira missão contratar um novo apresentador: Mike Polmeroy (Harrison Ford), um jornalista de renome, porém já esquecido por muitos, pois devido a seu ego aflorado ganhou o título de “3ª pior pessoa do mundo” e foi deixado de lado pela própria emissora. Desta forma, tudo acaba ficando mais complicado, pois Mike não se deixa “rebaixar” apresentando um programa de futilidades e tendo que dividir a bancada com a ex-miss Arizona Coleen Pack (Diane Keaton), que também não é uma pessoa fácil de lidar.
É interessante o modo cômico de como são apresentados os bastidores da televisão. Não há glamour, nem compromisso com a verdade. Apenas encontramos uma emissora que parece estar decadente, com maçanetas que sempre quebram, apresentadores que disputam território como animais, pessoas incapazes contratadas por influência e profissionais desesperados que agem por impulso brigando por audiência. Becky é apenas uma representante de tudo isso, sempre estabanada, pensando em trabalho, e perdendo boas chances com seu affair: Addam Bennet (Patrick Wilson)
Tudo é apresentado como uma crítica ao modo que se faz TV e a eterna rivalidade entre entretenimento e jornalismo dito como sério. Até que ponto, estes dois temas podem se convergir? Como podemos transmitir uma informação de forma interessante sem banalizar?
Uma Manhã Gloriosa, é uma comédia romântica que traz bons momentos de riso e faz pensar sobre o quanto priorizamos demasiadamente nossa carreira profissional, deixando de lado nossos amigos e família, abdicando de nossa própria felicidade, em busca de algum tipo de satisfação da qual nunca vamos encontrar se não mudarmos nosso modo de vida e dermos a cada coisa seu devido valor.