System of a Down - 01/10/2011

escrito por Aline Teixeira

fotografias por Hanna Vadasz

Uma semana antes de um dos shows mais esperados do ano, pessoas já dormiam em frente da Chácara do Jockey em São Paulo, eram fãs que aguardavam a vinda do System of a Down há pelo menos 12 anos. Muitos que ali estavam realizaram seus sonhos quando a banda voltou a tocar depois de um hiato iniciado em 2006.

Desde muito cedo, os fãs que não puderam passar as noites esperando pela abertura dos portões, compareceram fazendo filas, e sofreram com o sol quente que fazia naquela tarde de sábado. Muitos passaram mal, muitos não arredaram o pé, e as filas já se formavam desde antes das 5 da manhã. Estilos diferentes se encontraram nesse dia, pois o “System Of a Down” tem um estilo diferente de ser, a banda é formada por descendentes de armênios, que dançam de forma irreverente no palco, cujas músicas fazem você querer dançar, pular e se divertir, tudo isso ao mesmo tempo.

Os portões foram abertos por volta das 16h30, e o tempo começava a fechar sugerindo que choveria durante o show, porém nem isso estragaria a noite das pessoas que ali chegavam. A banda de abertura, pouco conhecida, foi “Macaco Bong” e subiu ao palco por volta das 20h. Eles tocaram por volta de 35 minutos. O estilo diferente destes matogrossenses foi aprovado pela maior parte do público e realizaram uma abertura a altura da banda principal.

Pontualmente às 21h30, uma bandeira caia sobre o palco e o cobria por inteiro, por trás desta bandeira os acordes iniciais de “Prison Song” começaram a ser executados, e uma expressão de felicidade tomou a face do público ali presente.

Diversas rodas de bate cabeça surgiram pela pista e todos cantavam a uma só voz. A empolgação era geral, uma grande energia era transmitida da banda para o público. As expressões faciais dos integrantes do “System of a Down” demonstravam que eles não imaginavam que haveria tantos fãs esperando para vê-los.

Canções como “Chop Suey!” e “Toxicity” levaram todos a uma sensação de nostalgia como se uma viagem na velocidade da luz para 12 anos atrás tivesse ocorrido. Após 20 músicas os acordes de “Aerials” inicia-se e leva o público ao ápice de empolgação.

Assim como em outros shows desta turnê o show foi encerrado com “Sugar” que eletrizou a todos assim que começou a ser tocada.

Foram aproximadamente 30 músicas tocadas ininterruptamente, os integrantes da banda não pararam um segundo. Algo impressionante foi o fato de todas as músicas serem cantadas pelo publico que de alguma forma era tocado por elas.

A banda se despediu e o show acabou, um tornado tinha passado ali, na chácara do Jockey, o tempo fluiu de forma veloz para 25 mil pessoas que não sentiram que mais de duas horas haviam se passado desde o inicio do show.

[fsg_photobox rows]

Com muito orgulho produzimos jornalismo cultural de qualidade entre 2010 e 2016