"Minhas mães e meu pai" faz um retrato familiar sem caricaturas
escrito por _Thiago Henrique_
Em "Minhas mães e meu pai" Nic (Annette Bening), Jules (Julliane Moore), Joni (Mia Wazikowska) e Laser (Josh Hutcherson) formam uma família americana. Não poderíamos classificá-los como uma família típica, pois esta família é composta de duas mães e nenhum pai. Nic e Jules são duas mulheres casadas que por meio de inseminação artificial tiveram um casal de filhos.
Ao fazer 18 anos, Joni, a mais velha, ganha o direito de saber quem é seu pai biológico. Apesar de não querer, ela é convencida por seu irmão Laser. E é a partir de um primeiro contato que Paul (Mark Ruffalo), o doador de sêmen, entra na vida deles e tudo começa a mudar na rotina dessa família.
“Minhas Mães e Meu Pai” retrata a família, independentemente da relação homossexual. A atmosfera do filme revela a relação entre mãe(s) e filhos: uma relação que podemos ver em qualquer família. A trama é apresentada de forma natural com os conflitos revelando-se do mesmo modo que em qualquer família norte-americana.
O filme não estigmatiza a homossexualidade pois diferentemente do que normalmente encontramos na mídia, não vemos Nic e Jules como lésbicas caricatas e masculinizadas. Os problemas abordados pelo roteiro são comuns em qualquer família. Nesta inteligente comédia o foco está nos conflitos familiares típicos e nas mudanças que a presença que um “pai” desencanado pode acarretar. Uma divertida comédia que agradará aos mais diferentes tipos de público.