Backstreet Boys faz show coreografado do início ao fim
escrito por Alexandra Bailon
fotografias por Marcelo Rossi e Rafael Koch Rossi
Alguns poucos minutos depois das 22h do último sábado (26), o Credicard Hall iniciou nos telões as mensagens de segurança da casa. Enquanto não era retirada, a cortina vermelha que escondia o palco da turnê “This is Us”, dos Backstreet Boys, era remexida, aumentando a expectativa das fãs adolescentes e mulheres entre 20 e 30 anos que lembravam, aos gritos, sua adolescência com os sucessos da boyband.
Alternando interpretações em vídeo e ao vivo, o quarteto apresentou, em quase duas horas, um show bem coreografado do início ao fim: desde os passos sincronizados de dança até a interação com o público. O telão acima do DJ fazia a comunicação entre interpretações filmadas e o desempenho musical ao vivo dos quatro integrantes do grupo. Em algumas canções, banquinhos e pedestais eram incorporados a coreografia - para quem esperava um clássico momento “à capela” dos meninos sentados nos banquinhos, viu apenas esses últimos serem usados como elementos de cena em músicas um pouco mais agitadas.
Cada passo de Brian, Nick Carter, AJ e Howie D era marcado: dançavam com desenvoltura, separavam-se para aumentar a proximidade com as fãs e voltavam para a coreografia. No início, após a abertura com “Everybody”, AJ chegou a pegar uma máquina para tirar algumas fotos da platéia. Em outro momento, Brian inicia uma das canções após pular por cima da cabine do DJ. Quando conversavam com o público, falavam em inglês, usando apenas o agradecimento (“Obrigado”) em português.
As fãs, histéricas, entendiam e respondiam bem de qualquer forma. Meninas acompanhadas pelos pais, grupos de adolescentes, mulheres solteiras, casadas, grávidas e portadoras de deficiência uniam-se para cantar em coro todas as músicas, usando faixas na cabeça, expondo cartazes e jogando bichinhos de pelúcia no palco. Uma platéia, na essência, pouco diferente das que víamos nos anos 90. Sem decepcionar qualquer uma delas, entre “caras e bocas” um pouco forçadas demais para a idade atual dos rapazes, permaneceu o talento vocal de cada um e os maiores sucessos da boyband foram executados com perfeição. Fizeram parte da noite "As long as you love me", "Quit playing games (With my hearth)", “I want it that way”, “Larger than life”, entre outros hits.
As trocas de figurino eram marcadas por intervalos em que eram apresentados pequenos trechos de filmes clássicos, em que os BSB assumiam os papéis dos protagonistas – Nick Carter, por exemplo, fez o papel de Keanu Reeves em “Matrix”. Ao final do show, os créditos subiram no telão, com algumas curiosidades das gravações, cumprindo a idéia da apresentação parecer um longa-metragem da história dos BSB. Encerrada a grande encenação, não houve espaço para o bis. Ainda assim, muitas fãs saíram gritando da casa de shows, em êxtase por terem visto o quarteto ao vivo.
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